quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Zumbi

Em 1655, na primeira expedição contra palmares, comandada por Brás da Rocha Cardoso, os palmarinos usaram a tática de abandonar as povoações e retirar toda a população para não ser atacada e vista pelos inimigos. Brás da Rocha e seus homens perderam-se na floresta e quando retornou com alguns prisioneiros, entre eles estava um recém-nascido. O bebê foi dado de presente ao padre Melo, que morava em Porto Calvo. O padre deu-lhe o nome de Francisco. Era um menino que passaria para a história do Brasil.
O menino aprendeu com o padre Melo: Português, Latim e Histórias da Bíblia. Aos 10 anos já era coroinha, aos 15 fugiu para Palmares, onde teve seu nome trocado para Zumbi. Ele impressionava Ganga Zumba e todos os chefes pela sua inteligência, força e por saber muito sobre a cultura dos brancos. Logo se tornou o chefe de uma das povoações e se destacou como um ótimo estrategista de guerra aos 16 anos. Sua história é entremeada de lendas em razão de sua coragem, inteligência e bravura, os negros o consideram invencível.
No ano de 1687, o governo contratou o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho para organizar uma tropa de combate e destruir o quilombo, porque as tropas de combate para destruir o Quilombo, porque as tropas sofriam constantes derrotas.
No primeiro ataque, em 1692, os paulistas foram derrotados, Domingos Jorge Feio, percebeu que não seria fácil vencer Palmares. Com 9000 homens partiu para a serra da Barriga, no inicio de 1694. Macaco, a capital de Palmares, foi atacada por todos os lados, apesar da valentia com que se defenderam os palmarinos não resistiram à violência do ataque. A maioria deles morreu lutando. Zumbi, mesmo ferido, conseguiu fugir. Durante quase 2 anos continuou organizando os escravos da região e atacando os senhores de engenho e as forças do governo.
No final de 1695, um amigo de Zumbi foi capturado pelas forças do governo. Foi torturado até que revelasse o esconderijo do líder da resistência negra. Atacado de surpresa, Zumbi lutou até morrer, era dia 20 de novembro, hoje lembrado como Dia da Consciência Negra.
A cabeça de Zumbi foi cortada e levada para Recife. O governador mandou que fosse colocada no alto de um poste, onde deveria ficar até se decompor.
Zumbi morreu, mas seus ideais de liberdade permaneceram vivos; novos quilombos foram organizados e os escravos continuaram lutando pela sua libertação.

Professora Maria Helena – Historiadora e Bibliotecária do MAF
Denise Rocha – Coordenadora sala de informática

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